Me diga se é possível
É possível um homem
Com outra mulher
Querer se endoidar
E da no pe?
É possível uma coisa dessa?
Um homem de pressa
De negócios e conversas
Querer se apaixonar
E ainda por cima
Inventar de inventar de amar?
É possível querer tanto?
Que tanto mude por pouco
Por uma pouca quantidade
De papel timbrado
Com uma cara de danado
Que nunca vi tão faminto
E nem por isso eu minto
É verde sua cor
Minto e desminto
Não digo o que sinto
Especulo e gero medo
Compre meu modelo
E venda sua alma
Que na mais tranquila calma
Meu pensamento na sua mente estala
É possível uma coisa dessa?
Um homem que vive da pressa
Querer se acalmar?
E num tanto calar
A boca da liberdade
Que nem tao pouco de verdade
Vive sua vida
De aparências e mais
Sem nem um pouco e quais
Serão suas intervências
Imprescindível são aquelas
Atitudes e sequelas
Que no meio da madrugada
MORRE!
É possível uma balela
Que para o povo sem “bêra”
Nem menos a “êra”
É possível resolver
Porque, não sei porque
O papel vale mais
Muito mais do que o ser
Não aceito nem comento
Nem mesmo me atento
As coisas banais
Nem mesmo carnais
A que esse povo se presta
Brinco com as palavras
Imagino como brasas
Sem mesmo o saber
De quem pode dizer
Aquilo que acredita
Pois sem nem mesmo explica
O caboclo da oiticica
Freud é foda!
Da Gaia tiro tudo
Da vida tiro o estudo
Ensinamentos e palavras
Que na mais coisa errada
Se esquece e converte
O ensinamento de pivete
Pois nada sabe
Da evolução tiro ensinamento
Que fez como o invento
A seleção continua
E na mais verdade cura
O mais fraco vem a intento
Da mais morte crua
Se correr o bixo come
Mas se ficar a culpa consome
Aquele que nunca tentou
Nem ao menos terminou
Aquilo que começou
Mas se falas demais
Ao menos corra atrás
É possível uma coisa dessas?
O homem que vive com pressa
Querer me atazanar
Pois digo meu amigo
Que do pelejo do inimigo
Deus intercederá
Pois tudo posso naquele que me salvará
Pluie de mots
Pluie de mots