domingo, 5 de maio de 2013

Cajueiro meu amigo

La, aquele cajueiro bem ali, caído, morto, foi mais uma vítima do homem. Aquele cajueiro amigo, foi mais uma vítima.
Aqui tinha por demais. Era tanto caju, mas tanto caju por aqui, que aqui ficou conhecido pela quantidade. Hoje tem até bloco de carnaval: o bloco do caju.
Mas amigo, aquele cajueiro foi especial. Era meu cenário quando ia tomar minhas doses de nicotina na janela e foi um dos meu confidentes quando gosava de sua sombra. Foi em baixo dele amigo, que eu escrevi um côco. Escolhi o côco, porque o côco é raiz forte de cultura e brasileiro tem de muita riqueza sua cultura. E além disto o nosso maior e mais valioso tesouro: as nossas morenas. Me desculpe minha loira, você também é valiosa, mas pra mim, a morena é a melhor... Dai juntei os dois, o côco e a morena e saiu este côco simples mas de muito carinho:

Em cima do cajueiro
Tem um monte de caju
O que tiver inteiro, morena
Vou pegar pra tu
Pegar pra tu
Pegar pra tu
Oh morena
Vou pegar pra tu
Em baixo do cajueiro
Tem um monte de caju
Vou catar castanha morena
E assar pra tu
Assar pra tu
Assar pra tu
Oh morena
Vou assar pra tu

Pois é amigo, ele está me deixando saudades. Descansa em paz querido cajueiro e obrigado pelos cajus e pela sombra.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Desabafando pro meu eu...

Nossos sentimentos nos confundem da cabeça aos pés quando prevemos sofrimento ou alegria. O nervosismo é companheiro inseparável em ambos os casos. Sou ansioso e gosto das coisas acontecendo na velocidade da minha vontade, mesmo sabendo e entendendo que tudo tem seu tempo.
As pessoas entram e saem da sua vida a todo momento. Algumas sentimos saudade e falta quando saem, outras quando chegam iluminam suas ideias, os olhos a ponto de brilharem e congelar o estômago, estas são especiais. Mas me pergunto em qual momento causo este sentimento em alguém e o que eu faço que isto acontece?
"Somos responsáveis por aquilo que cativamos" já dizia o pequeno príncipe e gosto disto. Se cativo é porque gosto e quero ao meu lado, mas e quando isto acontece quando agimos naturalmente sem intenção? Tento cuidar da mesma forma, mas sinto na maioria das vezes que não consigo. Eu sei que machuca, mas é sem intenção.
Enfim, o fato é que meu defeito consiste sempre em querer agradar sempre e a todos, mas isto é impossível. Algumas vezes já perdi oportunidades importantes de fazer algo que queria por pensar que determinada pessoa que sou responsável não iria gostar. Sempre fui assim, não sei se por meu histórico de ter sido quase sempre privado de amizades na infância por motivos que até hoje não sei direito ou se isto faz parte da minha personalidade.
O fato é que por ser assim, venho me machucando frequentemente e quando não se aprende no amor, aprende-se na dor.
Estou passando por uma metamorfose psicológica digamos assim. Estou realmente tentando descobrir quem é o eu verdadeiro.
Uma coisa que aprendi foi: tenho meus momentos de leseira crônica, e outra coisa é que quando entro numa relação sempre é de cabeça, o que também machuca as vezes, mas isto não pretendo mudar, afinal, se estou numa relação de amizade ou com uma mulher, é porque eu gosto desta pessoa, e ai entra outra coisa que aprendi: jamais você vai deixar de ter decepções, então, que eu tenha dado o meu melhor.
Sei que não fui o melhor em determinados relacionamentos, o que também me doi porque na maioria destes eu feri alguém que me ama ou amava e que eu acabei descobrindo que gostava desta pessoa muito mais do que pensava. Mas aquela historia: uma flecha atirada, não retorna. Pago pelos meus atos, inevitavelmente.
Estou mudando, mudando muito e pra melhor ao meu ver.
Gosto de cativar novas amizades e adoro cultivar as antigas, principalmente aquelas perdidas no tempo e que tenho uma nova chance de conviver.
O que aprendi de mais importante? Ser espontâneo e ser eu mesmo, seja leso, sério, meloso, sonhador e romancista (mal do pisciano), eu seja, ser independente das opiniões alheias. Consigo? Na maior parte das vezes não...
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